Me causa uma imensa indignação quando vejo os representantes políticos brasileiros demonstrarem cada vez mais o quanto não merecem o lugar que ocupam. Agindo com repressão diante de tantas classes trabalhadoras, dentre os quais professores, profissionais de saúde e todos aqueles que trabalham pela segurança da população. A "exemplo" do governador Jaques Wagner, que tem reprimido tantos os professores quanto (agora) os policiais da PM.
Tantos alunos das universidades estaduais ficaram sem aula por causa da longa greve dos professores, profissionais que sustentam o ensino público nas costas sem as devidas condições de trabalho, sem receber o que realmente merecem. Conseguem míseros aumentos divididos em tantos anos! Enquanto o andamento da graduação é atrasado por conta das greves que são inevitáveis, já que tantas paralisações feitas ao longo do ano parecem nada significar, quantas faculdades particulares abrem a cada esquina? Não é difícil concluir que os nossos representantes não estão "nem aí" para o ensino público!
Os profissionais de saúde, no mesmo barco, fazem paralisações, greves, e ainda ficam sob a culpa que é colocada sempre sobre todos os grevistas, profissionais que reivindicam condições melhores de trabalho e de vida. Enquanto isso, vereadores, deputados, governadores, todos se encarregão de aumentar o próprio salário, como se não ganhassem o suficiente para na maioria das vezes, não fazerem nada!
Agora é a vez dos policiais da Polícia Militar, mais uma classe que como todas as demais, tem a greve declarada ilegal judicialmente, ficando sob multa de 80 mil reais por cada dia de greve. São colocados como culpados de todas as formas, vários sendo presos, e aí eu pergunto: " E os principais marginais, os corruptos, terão uma varga reservada nos presídios?" Os bandidos engravatados continuam soltos! Eles que roubam o povo de todas as formas, que tragam a dignidade dos trabalhadores, estão livres!
E isso se deve a que? Ao que aponta a famosa frase do filósofo francês Joseph-Marie Maistre: “cada povo tem o governo que merece”? Talvez, mas quando o povo ia às ruas reivindicar, dando o sangue pelas causas, de caras pintadas, é que as coisas aconteciam. Hoje isso é apenas história, demodê.
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